terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A luz...

No deserto algures perdido eu estava em busca do caminho para o norte, as estrelas brilhavam num céu límpido, que por breves instantes me aliviava o desespero da situação em que me encontrava!
De repente uma estrela cadente cruzou os céus, fazendo recordar o temor que sempre causava aquele fenómeno celeste. A minha avó recitava uma cantilena. “estrela, estrelinha que Deus te guie, que Deus te leve para bom lugar”.
Umas luzes piscavam lá no alto do firmamento assinalando um avião, cujos passageiros não imaginavam a situação em que me encontrava. O ar fresco aliviava a tensão da subida e descida constante das dunas, esperando não me encontrar com nenhum escorpião ou víbora! Foi então que um milagre se deu na forma de uns pares de faróis, que vislumbrei no horizonte, que apareciam e desapareciam e se dirigiam para mim a grande velocidade! A ansiedade aumentou com receio de perder, de passar despercebido a tal salvação com forma de luzes e verifiquei com agrado que sem crer tinha ido parar a uma pista assinalada por varas de vários metros, por onde passava o tráfego do deserto. Um possante camião todo o terreno iluminou-me. Agora só tinha quinhentos quilómetros até à cidade de Tamarasete!

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